6/16/2004

D. Dinis

Ai, flores, ai, flores do verde pino

Ai, flores, ai, flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?

Ai, flores, ai, flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo?
Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi à jurado?
Ai, Deus, e u é?

Vós me preguntades polo vosso amigo?
E eu ben vos digo que é sano e vivo.
Ai, Deus, e u é?

Vós me preguntades polo vosso amado?
E eu ben vos digo que é vivo e sano.
Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é sano e vivo
e seerá vosco ante o prazo saido.
Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é vivo e sano
e seerá vosco ante o prazo passado.
Ai, Deus, e u é?



Fragmento de canções do rei D. Dinis,
descoberto pelo Prof. Harvey L. Sharrer.
IAN/Torre do Tombo.

6/12/2004

Martin Codax

Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!
E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amado,
por que hei gran cuidado!
E ai Deus, se verrá cedo!

Martin Codax, CV 884, CBN 1227

6/08/2004

D. Sancho I

Cantar de Amigo

Ai eu coitada!
Como vivo en gram cuidado
por meu amigo
que ei alongado!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!

Ai eu coitada!
Como vivo en gram desejo
por meu amigo
que tarda e non vejo!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!


    [Sé da Guarda]

O início

Este é um blog criado para dar expressão a uma ideia antiga.
No tempo áureo das rádios-pirata, na «forte, farta, fria, fiel e formosa» cidade da Guarda, tive a oportunidade de poder apelar à leitura, ler alguns poemas, falar de alguns escritores... num programa de um colega e amigo (olá, Emanuel), que me "cedia" uns minutos para o efeito.
De verso em popa nessa altura... de verso em popa agora! Com os mesmos objectivos...